Essa pergunta parece capciosa e talvez seja arguta demais para os nossos padrões de bondade divina intrínseca em nossos corações, sobretudo te leva ao ápice de um autoconhecimento reflexivo para todos os dias.
Você é um guerreiro estimado com admirável habilidade em espadas amoladas e muito considerado por diferentes povoados de toda a redondeza das terras por onde passou.
Dessa maneira, certa vez se pôs a caminhar sozinho por vários dias num deserto extenso para pensar maduramente no real fundamento de todas as guerras pelas quais lutou e nas quais morreram os amigos.
Na duradoura caminhada tu carregas consigo uma espada embainhada e uma vasilha compacta pendurada a tiracolo com boa quantidade de água potável para beber em percurso.
Após alguns dias você encontra o funesto anjo rebelde expulso do céu, o demônio em pessoa, carne e osso, satanás agonizando na areia infértil do deserto, quase morto, pedindo misericórdia e um pouco de água pra beber, estendendo a mão enquanto roga por clemência.
Você, como guerreiro esclarecido e conhecedor do ensino que difunde o amor, tem que decidir se desembainha a sua espada e corta-lhe a cabeça separando-a do corpo para matá-lo com a intenção de saciar o desejo de vingança, ou lhe cede a ajuda e um pouco de água pra beber, deixando exalar pelo seu coração o amor instruído pelos seus antepassados como base para tudo que é bom.
A paradoxa vingança ou o paradoxo perdão?
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